Os dias da missionária Ruth Cunha tem 24 horas, como qualquer
mortal , mas geralmente seu tempo é curto para dar conta de tantas atividades.
Coordenadora do Movimento de Mulheres de Deus - braço
feminino do Conselho de Pastores e Lideres Evangélicos de Tamoios, fundado em 27
de maio de 2013, com a participação de centenas
de mulheres de oração das mais de 200 Igrejas Evangélicas do 2° distrito
de Cabo Frio na Região dos Lagos, Ruth tem seu tempo dividido na direção do
culto de consagração as terças-feiras na Assembléia de Deus em Unamar
-Ministério de Madureira,na direção do Grupo Cântico de Ana e nos finais de semana, estudando no curso
Teológico do Instituto Bíblico Ebenezer na Catedral das Assembléias de Deus de
Cabo Frio. Isso quando ela está ao lado do marido, o também Pastor Sergio
Cunha, Jornalista-Editor do Folha Evangélica e presidente do Conselho de
Pastores de Tamoios ou criando os 3 filhos. “ Ufa ! As vezes ,não é fácil ” , brinca
a missionária, de 42 anos. Ela converteu-se ao Evangelho ainda jovem em Barra
de São João, distrito de Casimiro de Abreu. “ Foi um grande encontro de Amor
com a pessoa de Jesus. Já se passaram 28 anos e continuo apaixonada pelo Senhor
Jesus.”
Durante este tempo, sua denominação Assembleia de Deus - Ministério
de Madureira passou por profundas mudanças. Uma delas, e talvez o mais radical,
foi a ascenção do ministério feminino. Antes relegada os papeis secundário - como
cuidar das crianças ou dos serviços sociais das Igrejas- , a mulher assembleiana
conquistou espaço e chegou ao púlpito. Caso dela mesmo , que foi ordenada ao
ministério em 2012 na Catedral de Madureira no Rio de Janeiro. “ Para mim, o
cargo de missionária só veio dar mais legitimidade ao que eu já fazia ajudando
meu marido “, comenta, “ mas entendo que foi uma grande benção na minha vida”.
Para Ruth , filha de Pastor, irmã de Pastor e esposa de obreiro, o fato de
haver mulheres pastoras vem ao encontro de uma realidade que salta aos olhos: a
de que a Igreja está cada vez mas feminina,tanto que a média de mulheres chega
a 70% da população evangélica brasileira.
“ As mulheres,via de regra, tem menos apego ao poder que os homens.Além
disso, e próprio da alma feminina aquela coisa de socorrer e auxiliar os mas
necessitados ”, continua.“Uma mulher entende melhor os problemas familiares,e
conjugais que cada vez mais aflige a Igreja “, destaca.
Entrevista- Blog Gospel Tamoios
– Como está a
aceitação da Igreja Evangélica em relação ao ministério feminino?
No contexto Evangélico, o que conta mas e a confiança que aquela
pessoa desperta nas ovelhas,e isso passa pelo tipo de testemunho que você da em
sua vida diária, o chamado para o ministério não se da de uma noite para outra
, é uma longa caminhada. No meu caso, antes mesmo de me tornar missionária, eu
aconselhava muitas mulheres na Igreja, como também esposa de obreiros dos
conselhos de Pastores de Rio das Ostras e Armações de Búzios, onde meu marido
esteve presidindo.
-O que mudou depois de sua ordenação no Ministério de Madureira?
Bem ,passei a ser ainda mas conselheira das mulheres que
enfrentam dificuldades espirituais ,no casamento,na família e Igreja. O cargo de missionária acaba legitimando sua chamada.
-A presença da mulher no púlpito mudou a Igreja?
A mulher possui mas
sensibilidade a voz do Espírito Santo- tem maior poder de renuncia em favor da
obra de Deus- além disso, em todas as nossas Igrejas, as mulheres são
maioria.Na historia do Cristianismo,o papel desempenhado pela mulher foi
especial para a pregação do Evangelho no mundo a chegada ao ministério
representa um grande avanço.
-Um exemplo de Missionária?
Zélia Brito Macalão, esposa do Pr. Paulo Leiva Macalão,
fundador do ministério de Madureira, que com muita dedicação fundou a Cibe, o
braço social da Igreja no Brasil ajudando milhares de famílias.
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